Bem, eu literalmente vivo entre livros e no passado não foi muito diferente. Minha mãe estudou até a 4ª série, mas adorava ler. Eu a vi inúmeras vezes lendo livros e revistas. Minhas irmãs também gostavam de ler.
Lembro de que uma delas a Neuza lia para mim na cama todas as noites, quando eu ainda não sabia ler. Ela lia histórias da bíblia de uma grande coleção ilustrada que eu ainda tenho. Mas também me lembro do que me chamou a atenção nos livros, que primeiramente foram as ilustrações. Eu adorava passar os olhos por aquelas páginas coloridas e cheias de expressão. Olhares tristes de uma princesa, o desenho de um gatinho fofo e tentava copiá-los.
Cresci e já lendo o livro que primeiro chamou minha atenção foi “A Mina de Ouro” da coleção Cachorrinho Samba. Adorei todo aquele suspense para sobreviver e conseguir sair da mina.
Já adolescente tive meu primeiro contato com um livro que não tinha um final feliz. Este livro foi “Os meninos da rua Paulo”. Este livro foi o primeiro de muitos que me fariam chorar.
Mas se me perguntarem: “Você gostava de ler quando criança?” Minha resposta é: “Não”. Minha primeira paixão depois dos cavalos é o desenho, por isso devorava muito mais gibis do que livros, porém chegou um momento que comecei a perceber de onde vinha as ideias para “Mickey e os três mosqueteiros” ou “Julieta Monicapuleto e Romeu Montéquio Cebolinha”.
A escrita e o desenho para mim sempre caminharam juntos, mas o cheiro da tinta, as cores, o papel branco...nunca resistia. Um risco levava a outro e cavalos, reinos e dragões surgiam.
Quem me observava fazê-los sempre admirava. Já na escrita como qualquer aprendiz mais errava do que acertava, mas foi uma professora que me enxergou durante uma de minhas redações. Eu ainda guardo o texto que escrevi e uso a mensagem: “Eu vejo você”.
Hoje, escrevo minhas próprias aventuras e projetos ...mas isso é outra história.
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